OLAVO PASCUCCI

O pensamento vivo, hirto e pulsante do engenheiro Olavo Pascucci.

20 julho 2005

Os gemidos da Sharapova

Desde que minha senhora cortou minha assinatura do canal Sexy Hot, tenho buscado diversificar as fontes de inspiração para minhas punhetas em frente à televisão.

Entre parênteses, suspeito que o motivo que levou minha amabilíssima esposa a bloquear meu acesso ao tradicional canal de sacanagem não sejam os alegados ciúmes da Vivian Mello, da Sylvia Saint e de outras vagabundas que eu me comprazia em ver levando uma -- às vezes mais -- trosoba hirta e cheia de veias na xavasca e noutros orifícios circunvizinhos. Desconfio que o motivo real seja a dificuldade em contratar empregadas que aceitem de bom grado limpar diariamente as manchas de esperma no sofá, no tapete e sobretudo na mesinha de centro, que é de vidro. Como nesta casa tem abundado uma criadagem excepcionalmente feia, essa seguidas rescisões de contratos de trabalho nunca me preocuparam sobremaneira.

De modo que, sem poder assistir às seguidas reprises da série Sodomania, tenho passado longas horas assistindo a tudo quanto é esporte feminino. Já falei, alhures, de minha predileção pela ginástica artística: um exercício bem feito sobre o cavalo e mesmo nas barras assimétricas permite ao telespectador atento apreciar em sua justeza os contornos dos grandes e pequenos lábios de atletas como a Catalina Ponor.

No entanto, é forçoso reconhecer que, de todos os desportos femininos, o que me distrai mesmo é o tênis. Não por qualquer consideração de ordem puramente desportiva, eis que sou da opinião de que, fora o futebol, todas as demais modalidades são praticadas preferentemente por pederastas (mesmo no futebol, há casos onde a proporção entre homens e perobos é favorável aos últimos, em agremiações como o Fluminense Football Club e, segundo consta, o Clube Atlético Paranaense).

Não, o que me diverte no tênis feminino é ouvir os gritinhos e gemidos de atletas como a Maria Sharapova, a Anna Kournikova ou a Daniela Hantuchova. Se jogam, então, contra uma das muitas tenistas fanchas do circuito -- a Amélie Mauresmo, para citar apenas uma --, a alternância entre os gemidinhos de umas e os grunhidos animalescos de outras acaba sendo um bom substituto para a sonoplastia dos filmes de sacanagem a que não tenho mais acesso.

Pois bem: toda essa diversão agora se vê ameaçada com a notícia de que o árbitro geral de Wimbledon, um pederasta chamado Alan Mills, quer proibir a Sharapova de gemer em quadra.

Difícil imaginar iniqüidade maior com o público telespectador. Fora os duzentos sodomitas em todo o mundo que assistem a partidas de tênis por apreciar o esporte, todos os demais só se submetem a tão fastidiosa troca de bolinhas para masturbar-se pensando nas Sharapovas de hoje e nas Chris Everts de ontem.

Mas a decisão do inglês homossexual (com o perdão da redundância) abre uma polêmica, que eu desejaria discutir com os senhores. É sabido que todos os tenistas em atividade no circuito da ATP são homossexuais assumidos ou disfarçados -- comprovam-no os gemidos baitolos do sr. Gustavo Kuerten, que, ao contrário da Sharapova, ninguém gosta de imaginar sendo sodomizado selvagemente, as bolas fazendo tlec-tlec-tlec contra as coxas. Nisso creio que há consenso.

Mas o que dizer dos árbitros? Que dizer desses senhores esquisitões que ficam lançando olhares lúbricos, do alto daquela cadeira de salva-vidas, para os gandulinhas de cócoras, em bermudas, as pernocas branquelas à mostra? Serão eles também todos homossexuais? Haverá alguma orientação da ATP no sentido de só permitir apitar a quem aprecie uma caralha fumegante no olho do cu? Existe obrigatoriedade de teste da farinha para árbitros do circuito? Somente aos reprovados no exame de virilidade é dado o privilégio duvidoso de interromper as trocas de raquetadas para dizer perobagens em francês, do gênero “Avantage: Monsieur Kuerten”?

Talvez o sr. Leonardo Lopes Carnelos saiba responder.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Fluminense, Atético Parananense e também os cruzeirenses... Mal de "ense" essa vontade de torrar a rosca.

15:07  
Anonymous Anônimo said...

Por estas e outras que até agora agradeço a lesão do "porraloucatenista" Gustavo Kuerten, cujos gemidos podiam ser ouvidos todos os dias, nas sessões esportivas globais, em razão de seu enorme sucesso.

Realmente era deveras desagradável interromper minhas sessões de onanismo, em homenagem a Glenda Koslowsky, em virtude das manifestações sonoras e pouco masculinas do afamado tenista.

Cultuo, agora, sensações outras com tais gemidos. Se privado destas bençãos, que farei? Acordar cedo para homenagear Ana Maria Braga? Nunca!

09:19  
Blogger Andre said...

http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2016/05/sharapova-pode-nao-voltar-jogar-garante-presidente-da-federacao-russa.html#GE-DESTAQUES-user-sel-14,editorial,5917716386

12:01  

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