OLAVO PASCUCCI

O pensamento vivo, hirto e pulsante do engenheiro Olavo Pascucci.

07 fevereiro 2006

Carta aberta à DOVE

E-mail enviado a unilever.sac@higienebeleza.com.br

Prezado(a) senhor(a):

Encaminho, em anexo, para reembolso, faturas de passagens aéreas e hospedagem em hotel cinco estrelas no aprazível balneário de Florianópolis, em Santa Catarina.

Considero líquido e certo meu direito ao ressarcimento, por parte da DOVE, de todas as despesas referidas, bem como meu direito a indenização por danos morais (montante a ser discutido judicialmente), por conta dos ingentes esforços de sua companhia em foder com minhas férias de verão.

Incentivar toda sorte de gordas pelancudas e outras espécies incomíveis de barangas a freqüentar, sem complexos nenhuns, as mesmas praias que eu é coisa que vai muito além da desonestidade habitual e regulamentar das campanhas publicitárias de sua companhia. É concorrência desleal com os resorts e Secretarias de Turismo de inúmeros Estados e Municípios -- para não falar da própria EMBRATUR --, que tantos recursos têm despendido em convencer o turista desavisado a visitar suas praias com a garantia de lá foder bem e saudavelmente.

Ora, caralhos que me fodam, as gordas pelancudas e histéricas da DOVE não eram exatamente o que eu esperava encontrar nas praias catarinenses. Não após analisar com minúcia e sofreguidão, enquanto cagava, os prospectos da Secretaria de Turismo de Santa Catarina, onde abundavam xavascas bem depiladas (nenhum tufo de pentelhos para fora dos biquínis diminutos!) e salubérrimos cus adolescentes -- todos eles supostamente freqüentadores as mesmas areias aonde me dirigi com a ilusão de substituir minhas seis punhetas cotidianas por pelo menos duas trepadas diárias.

Não deixei, é certo, de comer cus em minha temporada praiana, mas antes tivesse eu ficado em casa, na execução competente e laboriosa de minhas punhetas em frente à televisão -- nas férias posso assistir diariamente aos episódios da Malhação, e asseguro-lhe que é muito mais gratificante fantasiar comer o cu da Joana Balaguer do que efetivamente comer o cu de uma sósia da Silvia Popovic.

Uma experiência assim causa danos não despiciendos à auto-estima de um sujeito como eu, orgulhoso proprietário de uma trosoba de dimensões normais. Foi frustrante ver repetir-se, ao longo de todo o verão, a experiência de tentar a muito custo transpor toneladas e toneladas de pelanca e banha e perceber que, feito isso, minha caralha mal chegava a cutucar o esfíncter da gorda histérica em cujo abate eu despendera não pouco tempo e paciência ao longo de toda a tarde. E nem falemos de toda a sorte de imundícies que irremediavelmente vinham ornamentando meu bravo jonjolo ao final da foda -- é sabido que as gordas se alimentam mal, e seu trato intestinal não é exatamente imune aos resíduos de uma dieta porca.

Por tudo isso, seus putos, é que me julgo merecedor de uma indenização milionária e exemplar. Os dados de minha conta corrente e de minha agência bancária encontram-se na documentação anexa. Caso sua companhia decida por bem não efetuar o depósito sem espernear, convém preparar-se para uma longa e fastidiosa batalha nos tribunais -- batalha essa que terá um desfecho educativo para todos os fabricantes de porcarias cosméticas que pretendam continuar incentivando as gordas e barangas deste nosso Brasil a seguir dando o cu sem vergonha e sem complexos.

E lembrem-se sempre: se eu quiser comer cu de gorda, eu passo minhas férias num SPA.

Atenciosamente,

Olavo Pascucci